quarta-feira, 30 de julho de 2025

Anistia

  

Em cartaz mostrado em rede social, consta a seguinte mensagem: “Quem pede anistia é culpado. Quem é inocente pede justiça”.

Na realidade, o direito ao pedido de anistia pode ser feito tanto por quem é culpado ou inocente, por se tratar de instituto próprio facultado ao ser humano, independentemente das suas posições políticas e ideológicas.

Não é verdade que somente deva se ansiar por anistia quem seja inocente, porque isso desvirtuaria flagrantemente o seu real sentido universal, que é direito aplicável ao ser humano.

Sabe-se que a riqueza jurídica da anistia é justamente a concessão do perdão humanitário e isso faz sentido quando ele é entendido tanto para o culpado como para o inocente que esteja sendo julgado pela Justiça.

A verdade é que a essência da anistia é promover o perdão, que é próprio de país verdadeiramente democrático, que prima pela valorização dos princípios humanitários, em reconhecimento da dignidade do ser humano.

Contrário senso, nos países com a predominância da índole ditatorial, não existe a mínima possibilidade de anistia, ante a predominância da convicta filosofia anti-humanitária, onde não se permite benefício de forma alguma, muito menos ao cidadão, que o seu único direito é ser obediente do Estado.

Em consonância com o antagonismo à anistia é comum e natural que as pessoas se manifestem em negação ao perdão, em clara demonstração do seu sentimento oposto aos princípios humanitários.

Apelam-se por que as pessoas se lembrem da sua natureza de igualdade de ser humano, para deixarem à margem o antagonismo ideológico que condena, injustificadamente, os saudáveis princípios humanitários, de modo que elas possam contribuir para a construção do mundo mais humanizado, pacífico e feliz.

Brasília, em 29 de julho de 2025

Ingenuidade

 

Tem-se visto, agora, com muita clareza, como a situação se complica cada vez mais para o deputado brasileiro licenciado, principalmente depois da aplicação de tarifaço de 50% sobre os produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos da América.

Diante disso, surgem vozes altaneiras em sua defesa, com a decisiva afirmação pondo em dúvida o brilho dele, com capacidade para influenciar a adoção de penalidade tão drástica ao Brasil, sob o argumento de que ele apenas pretendia obter medida capaz de anistiar as pessoas envolvidas nos protestos de 8 de janeiro.

A verdade é que não se pode desprezar o que disse, em comunicado oficial, o presidente norte-americano ao presidente brasileiro, de forma mais do que enfática, mencionando o último ex-presidente do Brasil, em forma de justificativa para a aplicação do tarifaço em apreço, conforme o texto a seguir, que não permite dúvida alguma sobre a motivação da questionada tarifa de 50% aos produtos brasileiros.

Diante das circunstanciadas justificativas do mandatário americano, mesmo quem não raciocina, percebe-se ou se intui que jamais o presidente norte-americano lançaria tão pesada penalidade ao Brasil se não houvesse instigação suficientemente motivadora, como de fato não havia, salvo a presença, na Casa Branca, do parlamentar brasileiro, pedindo por socorro aos citados presos políticos e também ao seu pai.

A aludida carta não poderia ter sido mais clara a expor que nada teria acontecido de mais grave se não fosse por conta do trabalho realizado pelo mencionado parlamentar, à expressão do referido documento, conforme excerto abaixo transcrito:  

“Conheci e tratei com o ex-presidente (omiti o nome), e o respeitei muito, assim como a maioria dos outros líderes de países. A forma como o Brasil tem tratado o ex-presidente (omiti o nome), um líder altamente respeitado em todo o mundo durante seu mandato, inclusive pelos Estados Unidos, é uma vergonha internacional. Esse julgamento não deveria estar ocorrendo. É uma caça às bruxas que deve acabar IMEDIATAMENTE! “Em parte por causa dos ataques insidiosos do Brasil contra eleições livres e à violação fundamental da liberdade de expressão dos norte-americanos (como demonstrado recentemente pelo Supremo Tribunal Federal do Brasil, que emitiu centenas de ordens de censura SECRETAS e ILEGAIS a plataformas de mídia social dos EUA, ameaçando-as com multas de milhões de dólares e expulsão do mercado de mídia social brasileiro), a partir de 1º de agosto de 2025, cobraremos do Brasil uma tarifa de 50% sobre todas e quaisquer exportações brasileiras enviadas para os Estados Unidos, separada de todas as tarifas setoriais existentes. Mercadorias transbordadas para tentar evitar essa tarifa de 50% estarão sujeitas a essa tarifa mais alta.”.

Como se vê, o conteúdo da carta é contundente e ensurdecedor, deixando muito clara a identidade alvo da motivação dos fatos que têm ligação com a tarifa aplicada aos produtos brasileiros, ao mencionar o nome do ex-presidente brasileiro.

O certo é que, se o deputado licenciado tem influência ou não, nada teria acontecido de tão prejudicial ao Brasil se não fosse o monumental trabalho realizado por ele, junto ao governo norte-americano, ficando muito estranha a tentativa de defendê-lo sob argumento de muito pouco convencimento, porque ele próprio se orgulha das conquistas já alcançadas, inclusive com a pesada tarifa aos produtos nacionais, ante a sua defesa da medida, conforme se verifica a seguir.

Agora é mais estranho ainda o fato de o deputado licenciado ter afirmado que "Eu trabalho para que eles não encontrem diálogo", se referindo aos senadores que compõem a comitiva do Senado Federal brasileiro, para tentar negociar a sobretaxa de 50% imposta aos produtos nacionais, mas o deputado diz que trabalha para que ele não tenha sucesso em sua empreitada e que ele irá atrapalhar o processo.

A citada comissão tenta se encontrar com autoridades do governo americano, em busca de, ao menos, atrasar ou reverter a taxação de produtos nacionais.

O parlamentar disse, com absoluta convicção, que a comissão não deve ser recepcionada por nenhum representante de alto escalão da Casa Branca e que a missão "está fadada ao fracasso", tendo afirmado que as negociações para evitar o tarifaço não podem ser apenas econômicas, porque "O problema é uma crise institucional, é um problema dentro do Judiciário, é um problema político e não meramente econômico. Se o Brasil der um primeiro passo para mostrar que está disposto a resolver essa situação, o Trump abre uma mesa de negociação".

O deputado foi muito enfático ao defender o uso de taxas como ferramenta para pressionar o Congresso Nacional a conceder anistia pelos condenados por tentativa de golpe de Estado, incluindo seu pai.

O parlamentar entende que a missão do Senado deve "prolongar o sacrifício dos brasileiros" ao não oferecer proposta de anistia e que as tarifas não devem ser adiadas, porque "o Brasil tem sido ineficiente em dar a resposta exigida pelo presidente dos Estados Unidos.”.

Na realidade, embora as pressão vindas dos Estados Unidos, o governo brasileiro, se mostra praticamente reticente e apenas tem reiterado que a soberania brasileira é inegociável, não se preocupando com as duras tarifas impostas pelo governo americano.

Ante o exposto, tudo fica muito claro que o trabalho do deputado licenciado conspira diretamente contra os interesses do Brasil, principalmente com a forte implicação do tarifaço na economia nacional, quando essa medida tem ligação com a anistia, justamente por imposição de negociação realizada com esse deputado, que não tem o menor escrúpulo em deixar tudo isso muito claro.

Em que pesem os fatos mostrarem a crueldade do que está acontecendo contra os interesses do Brasil e dos brasileiros, ainda há pessoas ingênuas que tentam imunizar e blindar o parlamentar de qualquer maldade contra os interesses nacionais, como se ele ainda estivesse praticando excelente trabalho em benefício da democracia brasileira.

Acorda, povo brasileiro e procura se conscientizar, com urgência, sobre a verdade dos fatos, tendo a dignidade para defender exclusivamente os interesses e os valores do Brasil!    

Brasília, em 30 de julho de 2025

terça-feira, 29 de julho de 2025

Inelegibilidade

 

O último ex-presidente do país se encontra inelegível até 2030, por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, por decorrência de reunião com embaixadores de países estrangeiros, quando, na ocasião, ele no exercício do cargo presidencial, teria atacado, sem apresentar provas, as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral brasileira.

O ex-presidente do país acumula duas pesadas penas, por inelegibilidade, mas as condenações são de cumprimento a um só tempo, cujo prazo consiste em longos oito anos, que termina em 2030.

Além das condenações na esfera eleitoral, o ex-presidente responde à investigação por ter sido considerado suspeito de ter participado de tentativa de golpe de Estado, cujo desfecho do processo não tem previsão de data de julgamento nem de resultado, quando há a prevalência, nesses casos, da interpretação da corte maior do país.

Segundo a acusação da Procuradoria Geral da República, o ex-presidente do país teria sido “o principal articulador, maior beneficiário e autor dos mais graves atos executórios voltados à ruptura do Estado Democrático de Direito. No exercício do cargo mais elevado da República, instrumentalizou o aparato estatal e operou, de forma dolosa, esquema persistente de ataque às instituições públicas e ao processo sucessório

Com relação às aludidas alegações, o ex-presidente do país as nega, de forma peremptória, a sua participação em qualquer dos atos que vem sendo injustamente acusado.

Diante desses fatos, o filho do ex-presidente, em participação junto ao governo norte-americano, conseguiu que os Estados Unidos aplicassem pesada punição ao Brasil e não ao responsável pelos chamados ato persecutórios, em forma de tarifaço de 50% sobre os produtos brasileiros exportados para aquele país.

Com essa desarrazoáda e injustificável medida, os seus mentores imaginam que há possibilidade para a reversão das penalidades aplicadas ao ex-presidente do país, na perspectiva de que ele readquira os direitos políticos e possa se candidatar à Presidência da República, no próximo pleito eleitoral.

A verdade é que já se passaram algum tempo da aplicação do citada sobretaxa, mas não houve qualquer sinalização de que, na prática, a referida medida tenha sensibilizado absolutamente ninguém, nem por parte do Executivo, que somente lamenta e critica o ocorrido, sem tomar nenhuma iniciativa com vistas às negociações sobre o caso, e muito menos do Judiciário, que se faz de muco, mudo e cego, como se o caso não tivesse nada com ele.

Ou seja, como se diz como se diz no popular, nessa audaciosa investida, o tiro saiu pela culatra, porque o tarifaço vai atingir diretamente apenas a produção e a exportação nacionais, com enormes prejuízos à economia brasileira e aos trabalhadores, visto que a sobretaxa trava o processo produtivo, diante da drástica diminuição das exportações nacionais, não tendo nenhuma interferência ou influência na dinâmica das penalidades aplicadas ao ex-presidente, que certamente continuará inelegível até 2030.

Diante dessa tragédia, de dimensão alarmante e preocupante para a economia do Brasil, não se percebe nenhuma iniciativa capaz de resolver a gravíssima crise, salvo as gigantescas indiferenças e insensibilidades por parte das áreas afetadas, como se nada de gravíssimo nem tivesse acontecido, em que pese o estrago à economia nacional seja notoriamente monstruoso e irreparável.

Acontece que os brasileiros atônitos e entristecidos, apenas lamentam que tenha acontecido essa tragédia e que imperam a incompetência e a insensibilidade por parte das autoridades brasileiras diretamente afetadas pela gravíssima crise, por não demonstrarem qualquer iniciativa para resolvê-la, talvez esperando que surja verdadeiro milagre caído do céu.

Urge que as autoridades brasileiras despertem dessa deplorável letargia que se encontram acometidos, para o fim da precisa compreensão da verdadeira tragédia que se abate sobre a economia brasileira, de modo que sejam adotadas imediatas medidas com vistas às necessárias negociações imprescindíveis à reversão da penalidade imposta ao Brasil, na esperança da anulação desse famigerado e injustificável tarifaço sobre os produtos nacionais.                   

Brasília, em 29 de julho de 2025

segunda-feira, 28 de julho de 2025

Tarifaço

 

Um deputado federal licenciado criticou o governador de São Paulo, precisamente por ele tentar encontrar solução para o tarifaço aplicado aos produtos exportados pelo Brasil, sem envolver a pauta da anistia ao pai dele. 

Ele disse que "É hora de os homens tirarem os adultos da sala", certamente em alusão à fala daquele governador, que afirmou que sua gestão tem articulado, junto a parlamentares e empresários, nos EUA, "de forma profissional, silenciosa, para ver se conseguimos atenuar esses efeitos. Quando a gente fala em soberania, a pior agressão à soberania é a divisão interna. A divisão interna é o que enfraquece o país. Então, se a gente não botar a bola no chão, não agir como adulto e não resolver o problema, quem vai perder é o Brasil".

O governador também se referiu indiretamente ao governo federal brasileiro, tendo dito que, hoje, há tendência de se "tirar proveito político de tudo e que nunca vamos fortalecer o assalariado prejudicando o empregador - uma resposta ao ‘nós contra eles’".

O deputado licenciado frisou que a carta do presidente norte-americano, anunciando o tarifaço, citava suposta perseguição política contra o último ex-presidente brasileiro.

A bem da verdade, esses dois casos citados não se associam, exatamente porque eles são distintos dos objetivos pretendidos, à vista de a penalidade atingir diretamente os produtos brasileiros e a questão política ser de caráter pessoal, envolvendo interesse pessoal.

Diante disso, o parlamentar entende que não há como negociar a citada sobretaxa sem tratar do aspecto político envolvendo o ex-presidente e outros réus investigados pela suposta trama golpista.

O certo é que o parlamentar apela, dizendo que "Desconfie de quem se mostra preocupado com a (omiti o nome) e não fala dos presos políticos ou crise institucional, ignorando a carta do (omiti o nome) que é expressa na solução do problema. Estão te enganando, jogando para a plateia e prolongando o sofrimento de quem dizem defender".

O parlamentar também atacou o governador do Paraná, por ter dito que o presidente norte-americano "não pegou o Brasil para discutir esse assunto por causa de (o ex-presidente brasileiro). "(O ex-presidente) não é mais importante que a relação entre Brasil e Estados Unidos".

Enquanto o parlamentar ressaltou que "(o presidente americano) postou diversas vezes citando (o ex-presidente), fez uma carta onde falou de (o ex-presidente), fez declarações para a imprensa defendendo nominalmente o fim da perseguição a (ex-presidente) e seus apoiadores. Desculpe-me governador (do paraná), mas ignorar estes fatos não vai solucionar o problema, vai apenas prolongá-lo ao custo do sofrimento de vários brasileiros. Imagino os americanos olhando para este tipo de reação e pensando: o que mais podemos fazer para estas pessoas entenderem que é sobre (omiti o nome), seus familiares e apoiadores como expresso na carta, posts e entrevistas de (presidente norte-americano?"

A acalorada discussão sobre a validade das medidas adotadas pelo presidente norte-americano contra o Brasil, em especial o tarifaço, tem o condão de revelar a irracionalidade e a monstruosidade em se tentar solução para caso de menor importância em algo especial, particular, ao se colocar a importância e o prestígio de político bem acima dos interesses nacionais.

Não há a menor dúvida de que tem muito a ver diretamente com o caso do ex-presidente brasileiro, que é alvo de investigação por conta de possível envolvimento dele com casos de suspeitas sobre golpe de Estado, a aplicação de tarifaço aos produtos brasileiros, embora haja quem se refira também às ameaças dos Brics de substituir o dólar por outra moeda para o câmbio comercial de exportações.

Enfim, desgraçadamente, o deputado licenciado insiste que nada seja feito na tentativa de alterar a aplicação da penalidade ao Brasil, com a gigantesca sobretaxa, porque a medida se refere diretamente ao imbróglio envolvendo o pai dele e nada deve ser alterado nem sequer negociado enquanto não houver alteração que leve à anistia ao principal político da oposição brasileira e aos demais implicados com as investigações em casos semelhantes.

Na realidade, só o fato de se implorar pelo reconhecimento de que o Brasil e não o responsável por atrocidades ter sido dura e injustificadamente penalizado por crime que não praticou já mostra tão grande o grau da insensatez diante algo absurdamente sem sentido, em termos de relações entre países evoluídos, que somente eles devem tratar diretamente dos assuntos de seus interesses.

Pensando assim, o fato em si já demonstra inominável e irracional maldade, para não caracterizar isso de brutal traição ao Brasil, forma perversa e maldosa de tramar contra os interesses do Brasil, imaginando que, se o parlamentar estiver certo, o tarifaço somente aconteceu por conta da ação direta dele, em pedido de ajuda relacionada com o interesse direto dos projetos políticos do clã da família, que não têm qualquer vínculo com as causas nacionais.

Na prática, se confirmado que o deputado agiu em defesa de conveniência pessoal, contrariando os interesses nacionais, entre Brasil e Estados Unidos, não se compreende quem, nesse estarrecedor e vergonhoso escândalo, teria agido com maior grau de despudor, insensatez, imprudência e irresponsabilidade, se o parlamentar brasileiro ou o governo norte-americano, por ele adotar medida extremamente contra país amigo, sem a devida motivação suficientemente capaz de justificar a sua vinculação com interesse do Estado, senão do atendimento de pedido pessoal com ligação meramente à amizade pessoal, na forma defendida pelo político tupiniquim.

Enfim, a realidade é que os estragos poderão ser incalculáveis à economia brasileira, com enorme reflexo negativo às atividades produtivas do país, sem que se vislumbre qualquer alternativa para a busca do problemão, salvo a possibilidade de se negociar os produtos pertinentes para outros países, algo que não é tão fácil assim.

Por seu turno, diante dessa tragédia, que envolvem insolúveis transtornos aos interesses do Brasil, urge que se apurem as devidas responsabilidades, para a adoção das medidas cabíveis.     

Em termos de seriedade e decência, estritamente nos sentido de civismo e patriotismo, é dever dos brasileiros repudiarem, com veemência, a atitude do congressista brasileiro, propugnando por aplicação de penalidades cabíveis a ele, inclusive com a sua exclusão definitiva da vida pública, à vista da evidência da materialização de atos extremamente prejudiciais aos interesses do Brasil e dos brasileiros.  

Brasília, em 28 de julho de 2025

terça-feira, 22 de julho de 2025

A garotinha

 

Conforme vídeo que circula nas redes sociais, uma garotinha mostra o sentimento de horror que é obrigada a enfrentar com o distanciamento do seu querido pai, que foi preso por ter participado dos protestos de 8 de janeiro.

 

Essa menina consegue dramatizar, com palavras emocionantes, a angústia pelo qual ela vem atravessando depois que o pai dela foi preso, sem ter participado de absolutamente nada de agressivo, senão de ter apenas participado de forma ordeira e respeitosa.  

Como é doloroso o extremo sentimento manifestado por essa linda criança, que expõe, em forma de apelo ao vento, o máximo de tristeza e sofrimento diante da prisão, especialmente do seu amado pai, que, segundo ela, não teria cometido nenhum crime, não podendo pagar pelo que não deve, à vista da inocência dele.

A verdade é que a dor, por si só, já é insuportável, mas quando se trata da dor de criança, ela é ainda mais intensa e mais incômoda, diante da sensibilidade infantil, que difere dos adultos, que consegue aguentar o tranco pesado.

O pior de tudo isso é que a coitada garotinha se deparou com o mundo de brutamontes, que não têm o menor escrúpulo de ignora os sentimentos das pessoas inocentes e exigem o cumprimento, a ferro e fogo, do seu capricho julgador, atropelando todos os princípios humanistas e civilizatórios, que são próprios somente de quem tem amor no coração.

Infelizmente, o país atravessa situação bastante delicada, em que os princípios humanitários perdem sentido para a autoridade dos homens imbuídos do poder, nas circunstâncias, que se acham acima de tudo e todos, em alara demonstração de desprezo aos sentimentos das pessoas.

Brasília, em 22 de julho de 2025

A promessa

 

Em vídeo que circula na internet, um parlamentar expõe a sua insatisfação com a crise institucional e promete o impeachment do juiz que lidera as decisões antidemocráticas.  

De que adianta ficar reclamando do status quo, em verdadeiras ladainhas infrutíferas, apenas na reafirmação de que o país vem se transformando em descaminho da anormalidade republicana e democrática, por meio de medidas permeadas de inconstitucionalidades, com afeição muito mais em forma de insignificante desabafo de insatisfação, mas ainda com o acompanhamento de promessa infundada de mudanças?

Toda essa ilogicidade e incoerência poderia ter alguma razão de ser, mas só se o parlamentar também tivesse apresentado alguma medida efetiva e concreta para fundamentar as suas assertivas, que não passam de devaneio, diante da falta de plausibilidade.

Ou seja, entende-se que o saneamento da gravíssima crise institucional brasileira precisa do respaldo de medidas estratégicas fundamentadas em planos sustentados no apoio da sociedade e de organismos militares e civis, todos engajados no decidido salvamento do Brasil, principalmente no saneamento das questões brasileiras.

Em caso contrário, seria melhor acabar, em definitivo, com meros e reiterados brás-brás-brás, porque isso não resolve nada, salvo se contribuir para a enorme possibilidade de somente pôr mais lenha na fogueira da ingente e insolúvel crise, que se avoluma à medida que aparecem reações inconsequentes e inúteis, sem nada de efetividade substancial.

Tem sido muito difícil se ouvir promessas de parlamentares fundadas em premissas inexistentes e incapazes do enfrentamento das questões indesejáveis à normalidade democrática.

Os brasileiros perdem as esperanças da volta ao verdadeiro Estado Democrático de Direito, no país, diante de promessas alicerçadas somente em argumentos sem a menor consistência nem plausibilidade, infelizmente.

Queira Deus que apareça a benigna luz celestial para, finalmente, oferecer a necessária inspiração às mentes criativas de ideias capazes de efetivos reação e combate às maldades que afligem os brasileiros.

Brasília, em 22 de julho de 2025

O circo

 

À toda evidência, o circo chamado Brasil pegou fogo literalmente, disso não há a mínima dúvida.

As consequências desse horroroso sinistro sinalizam para verdadeira tragédia, com resultados maléficos e astronômicos, em termos econômicos, políticos e sociais, na certeza de que as perdas são incalculáveis somente para os brasileiros, não por serem a parte frágil desse demente e insano jogo, mas já se sabe quem é o grande vencedor.

Nessa infeliz e inglória batalha, sobressai a importância da total incompetência brasileira, cujos artistas tramaram para que o golpe contra os interesses nacionais se aprofundasse no seu limite dos perigos intransponíveis.

Já há quem diga que a responsabilidade é totalmente de fulano, que teria dado causa ao incêndio devastador, enquanto outros dizem que o culpado é sicrano, por sua arrogância e onipotência, indo muito além da sua competência instrucional, e ainda que beltrano teria sido omisso e incompetente, mas ninguém assume a culpa por nada, senão se sentirem prejudicados, conquanto ninguém se mostra interessado em contribuir para o imediato saneamento das questões bélicas, cujas batalhas ganham mais motivos para continuarem ativas e resistentes.

Bem de se ver quem não cometeu crime algum nesse imbróglio deve mesmo pagar o pato, como se diz no popular, eis que a conta dos prejuízos será enviada, por certo, para ele, que sempre tem a palavra final, por conta da mais importante missão constitucionalmente atribuída ao povo.

E nem adianta tentar se esquivar, se despistar e tirar o corpo fora, porque o parágrafo único do artigo 1º da Constituição diz que o poder emana do povo e em seu nome será exercido.

Ora, o poder nasce com a vontade do voto, diante da verdade de que não há representação político ou o poder sem a decisão do povo, que foi, em princípio, quem elegeu o poder que se encontra operando a desgraça causadora ou responsável por todos os incêndios do Brasil, como ilação mais lógica possível, nesse particular.

Ante o exposto, apelam-se por que os brasileiros tenham vergonha e dignidade, no sentido de aprenderem a votar, tendo em conta, em essência, a grandeza e os valores do Brasil, para o fim de somente eleger presidente da República que preencha os requisitos fundamentais de conduta ilibada, dignidade, competência, entre outros princípios exigidos pela administração pública de qualidade.

Brasília, em 22 de julho de 2025