terça-feira, 23 de abril de 2024

Inverdade

 

Diante de milhares  de seguidores fanáticos, reunidos em manifestação no Rio de Janeiro, o último ex-presidente do país criticou o principal órgão eleitoral, em razão de torná-lo inelegível, por ele ter se reunido com embaixadores de outros países.

As declarações do ex-presidente foram feitas ontem perante multidão que atenderam a convocação dele, em ato realizado na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.

O político disse que "Havia me reunido sim com embaixadores. Eu não me reuni com traficantes no Morro do Alemão".

Isso foi mais uma crítica direta contra a decisão da Justiça eleitoral que, em junho de 2023, entendeu que ele cometeu abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação na reunião com embaixadores de outros países.

É verdade que o político se reuniu com embaixadores estrangeiros, conforme ele reconhece, só que é não teve a menor dignidade para dizer a real finalidade para a qual ele promoveu esse encontro pessoal, no Palácio da Alvorada, que foi exatamente para denunciar possível fraudes no sistemas eleitoral brasileiro, sem que ele tivesse prova sobre as possíveis suspeitas de irregularidades, quando as eleições se aproximavam.

Na realidade, nada impede que o presidente do país se reúna com quem ele quiser, mas não é de bom tom a autoridade máxima do país se encontrar, na residência oficial, logo para fazer denúncia sobre sujeira ou algo que ele considera errado e ainda mais que ele não tinha como provar nada do que alegara aos embaixadores.

Ao contrário, ele como a principal autoridade do país seria a primeira pessoa a jamais fazer denúncia tão atroz como essa de se afirmar que o sistema eleitoral não é sério, seguro e confiável.

Isso constitui, no mínimo, traição aos interesses nacionais, de vez que se tratava de assunto que somente dizia respeito à soberania nacional e precisava ser tratado exclusivamente pelos brasileiros, o que vale se dizer que a denúncia em si teve o condão de anunciar ao mundo que o Brasil não tinha competência nem capacidade para adotar medidas destinadas à correção do que o então presidente do considerava errado.

O próprio presidente do país cometeu o pior deslise no cargo, sem necessidade de denunciar coisa alguma, porque ele tinha competência constitucional para elaborar medida legislativa, com vistas à reparação do que ele apontava como falha.

Ou seja, o ex-presidente, com base na competência constitucional do cargo, poderia ter providenciado projeto de lei pertinente, com a exclusiva finalidade de aperfeiçoar as normas pertinentes ao sistema eleitoral brasileiro, sem necessidade de denunciar nem agredir os princípios republicanos e democráticos.

Pois bem, causa perplexidade que o ex-presidente apenas tenha se referido ao caso em tela como simples reunião com embaixadores estrangeiros, sem declinar à multidão o que realmente foi tratado com eles, posto que o assunto não condizia exatamente com a liturgia do cargo ocupado por ele, quando o assunto eleitoral é completamente incompatível com a competência dos embaixadores de outros países e ainda mais em se tratando que, no fundo, ele estaria acusando, de forma antiética, o funcionamento do principal órgão eleitoral brasileiro, com afirmação de que ele atuava mal e ainda sem ele ter prova de nada.

Não tenho certeza absoluta de que o gravíssimo desvio funcional do então presidente do país seria motivo tão capaz de causar a inelegibilidade dele, conforme assim foi decidido pelo principal órgão eleitoral, por eu não vislumbrar que o ato questionável dele tenha causado qualquer dano ao resultado das eleições.

Ou seja, não se tem como admitir ou provar que as críticas do então presidente do país junto aos embaixadores tenham tido influência no resultado das últimas votações brasileiras, mas certamente que o encontro dele com traficantes do Morro do Alemão teria sido bem menos maléfico do que com os embaixadores estrangeiros, sem defesa de nenhum desses atos censuráveis.

Certamente que esse caso, nas condições normais de estabilidade política, sem as rixas e as agressões entre o ex-presidente e os dirigentes do principal órgão eleitoral, não teria sido sequer notado e muito menos resultado em qualquer forma de penalidade, visto que não se tem o registro de nenhum prejuízo ao resultado das eleições brasileiras, evidentemente por conta estritamente disso, ficando patente a rigidez na decisão de se punir por punir.

A verdade é que o fato em si pode representar sim desvio da normalidade administrativa, por ele ser incompatível com a liturgia do cargo presidencial, mas, à toda evidência, o bom senso e a racionalidade jurídicas não sustentam penalidade tão exagerada, com a inelegibilidade, quando uma simples moção de censura já seria razoável, como forma estritamente pedagógica para se evitar a reincidência de fato semelhante.      

Ante o exposto, resta ponderar no sentido de que o ex-presidente tenha a dignidade de assumir seus erros, como nesse caso da reunião com embaixadores de outros países, que jamais deveria ter acontecido, ante a incompatibilidade do assunto tratado com a liturgia do cargo ocupado por ele, notadamente em se tratando que era da sua competência aperfeiçoar o sistema eleitoral, o que implicaria a desnecessidade de qualquer crítica.    

Brasília, em 23 de abril de 2024

segunda-feira, 22 de abril de 2024

O valor do voto

 

No Brasil, o voto é obrigatório e, em 2024, os eleitores têm a oportunidade para eleger prefeitos e vereadores no seus municípios, à exceção do Distrito Federal.

O comparecimento às urnas é obrigatório para os brasileiros alfabetizados com idade entre 18 e 70 anos.

Há prazo para o eleitor providenciar a regularização da situação eleitoral, como tirar o título, solicitar transferência, atualizar dados e colher a biometria, que vai até o dia 8 de maio vindouro.

O voto é importante instrumento que garante a predominância da democracia e a possibilidade da existência dos representantes políticos da população, de modo a se definir os destinos das unidades da federação, como as cidades, os estados e o país.

As mudanças e as melhorias de interesse da  sociedade dependem das decisões tomadas pelos agentes públicos, mas tudo começa com cada voto que vai decidir os representantes, no caso, dos dirigentes municipais, por quatro anos.

Nesse caso, o povo delega ao prefeito o poder para comandar o município, que tem a principal incumbência de administrar os serviços públicos locais, decidir, de forma prioritária; a aplicação dos recursos; o planejamento sobre as obras a serem executadas e os programas e as atividades que interessam à sociedade.

O vice-prefeito tem a incumbência de ser apenas coadjuvante na administração do município, mas a sua importância é a de substituir o prefeito, nos impedimentos eventuais e até permanentes, no caso de afastamento do titular do cargo.

Já os vereadores têm a incumbência de fiscalizar o desempenho orçamentário do prefeito, além de aprovar as leis necessárias ao funcionamento administrativo do município.

No corrente ano, há a expectativa de que o Brasil contabilizará aproximadamente 155 milhões de eleitores hábitos à escolha dos administradores dos municípios, que é um direito fundamental assegurado na Constituição brasileira e um dever sob o ponto de vista de que o voto determina o futuro da nação.

É importante frisar que a omissão no cumprimento dessa obrigação pode ajudar a eleger pessoa sem nenhuma qualificação para o exercício do relevante cargo municipal.

Os brasileiros precisam se conscientizar de que a eficácia e a eficiência dos 5.568 municípios brasileiros, em termos de investimentos em segurança, mobilidade, saúde, educação, infraestrutura e transporte público, dependem muito de cada voto, que tem a força de decidir o destino  dos munícipes.

É muito importante que o voto seja consciente em sufrágio do melhor candidato, tendo por base o conhecimento sobre a trajetória  política e as propostas dos candidatos, à vista, em especial, a sua plataforma de trabalho, que precisa estar em sintonia com os anseios dos eleitores.

É precisa que os eleitores rejeitem a ideia segundo a qual os políticos são todos iguais, porque isso não passa de enorme equívoco, quando existem pessoas com dignidade e honestidade, que nem sempre são valorizadas na hora do voto, à vista da influência de fatores que nem sempre são considerados, na prática.

A verdade é que os eleitores precisam ser bastantes criteriosos na escolha de seus candidato, de modo que existem muitos que se identificam com os cargos pretendidos, mas há outros que são verdadeiros desastres, sem a menor condição para exercerem os cargos eletivos.

Nos últimos tempos, as mídias se tornaram lugares comuns para o compartilhamento de publicações relacionadas à política nem sempre fiéis aos fatos, como no caso das fake News, que se espalham como rastilho de pólvora, atingindo forma assustadora, principalmente para o bem e para o mau.

À vista do crescimento das fake News, o órgão incumbido da operacionalidade das eleições tem criado aparato de controle das mídias, com a criação  de resoluções para se minimizar a disseminação de informações falsas e enganosas.

Esse órgão, a título de controle de mentira e notícias mentirosas, divulgou a mensagem que diz o seguinte: "Você se torna eternamente responsável por aquilo que compartilha", justamente na tentativa para se chamar a atenção para o combate à desinformação e para a responsabilização de quem dissemina conteúdos falsos.

Na verdade, a norma visa à proteção do eleitor, que normalmente não sabe se as informações on-line falsas ou verdadeiras, ficando quase sempre na dúvida.

Nesse caso, é importante que cada pessoa deve verificar o que circula nas redes sociais, para se evitar ser ludibriado ou até mesmo ludibriar outrem.

Enfim, o que importa mesmo é que a escolha de seus representantes políticos seja a melhor possível para o seu município, tendo o cuidado de avaliar com rigor os candidatos.

Os exemplos estão mostrando que o voto ideológico se reverte em verdadeiro desastre para os interesses da sociedade, de vez que essa forma de escolha não leva em conta os princípios da competência, da eficiência e da responsabilidade, mas sim a simpatia do candidato, não importando a essência do voto, que é a eleição do melhor para o exercício do cargo público.

Também é inconcebível que o voto possa servir como moeda de pagamento por quem presta serviços públicos e já é remunerado por eles, porque isso mostra a pior promiscuidade por parte de quem trabalha servindo ao próximo visando à recompensa em troca de voto, fato este que é muito comum no interior do país.

Convém que o eleitor se valorize, tendo absoluta consciência sobre a importância do seu voto como instrumento poderoso para apenas selecionar e eleger os autênticos homens públicos, que não se prostituam em troca de voto, fato este que, ao contrário, evidencia a falta de caráter tanto dos eleitores como dos homens públicos.

A verdade é que o voto consciente e responsável pode contribuir para o fortalecimento da democracia e do desenvolvimento social e econômico não somente do município, mas também do país e, para tanto, é preciso se conhecer com profundidade os candidatos e avaliar o que eles tenham de potencial para oferecer em defesa dos interesses da sociedade, tendo em vista o real poder do voto.

 Brasília, em 22 de abril de 2024

O direito de opinião

 

Diante de crônica da minha lavra que critiquei a inutilidade e o despreparo da mobilização dos cariocas, pelo último ex-presidente do país, sob o argumento de defender a democracia e a liberdade de expressão, apresentando como agenda apenas a necessidade de fotografar a multidão e enviar para o mundo, como forma de denunciar a ruptura dos direitos humanos e outras garantias constitucionais, uma pessoa se manifestou em contrariedade ao meu texto, tendo afirmado a mensagem a seguir. 

Adalmir, meu amigo, você convidou os verdadeiros brasileiros a raciocinar com sensatez e inteligência... Pois bem, eu te pergunto: milhões de brasileiros que participam das manifestações são menos inteligentes ou sensatos? Será que eles enxergam a coisa com outros olhos? O que será que eles sabem que a maioria não sabe? Acho válidas as manifestações e discordo de seus argumentos... Calma, meu velho, a verdade AINDA não chegou para todos. Sugiro um pouco mais de paciência e busca por informações verdadeiras sobre geopolítica. Não posso falar mais do que isso. Tenho certeza de que a faxina será feita na hora certa e não tardará... Adalmir, poupe seu grande talento de escritor redigindo longos textos que mostram a sua indignação. Você não tem ajudado muito falando de Constituição, estado democrático de direito e blá, blá... Lembre-se de que muitos se deixam levar por certos argumentos e podem, por desconhecimento, se deixarem abater. Aguentem firme, galera. Saiam das narrativas e busquem, estudem, pesquisem... Acreditem que o desfecho será a demonstração de que estavam certos aqueles que buscaram a verdade.”.

Em resposta, eu disse que, com toda sinceridade, basta ver nos meus textos, que eu enfatizei que tem sido realizada manifestação política sem nenhuma finalidade objetiva, apenas para tratar de assuntos relacionados com perfumarias, sem qualquer resultado prático, quanto ao que realmente interessa na atualidade, de gravíssima crise institucional, que carece de urgente combate aos atos e às decisões abusivas, antidemocráticas e inconstitucionais, objeto das reclamações das lideranças oposicionistas.

Essas mesmas lideranças são apenas sábias e bem articuladas em argumentação contra o sistema dominante, mas paupérrimas na criação de medidas em efetividade quanto às contestações contra as questionáveis perseguições.

Eu jamais serei indelicado em qualificar alguém de menos inteligente ou insensato, apenas por ter participado de manifestações inúteis e inócuas, para satisfazer o ego de políticos aproveitadores, insensatos e sem nenhuma ideia concreta destinada à salvação do Brasil.

Ou seja, eu disse que só se justificativa manifestação com tamanha magnitude se realmente fosse para apoiar decisão importante em defesa do país, o que é bem diferente de se ficar defendendo o Estado Democrático de Direito e outros assuntos patéticos inerentes a interesses pessoais, a exemplo do que diz respeito à minuta do golpe, com por meio nenhém... nenhém... e outras verborragias que não dizem nada nem resulta em algo substancial, conforme mostram os fatos.

Com certeza, eu escrevo exatamente como enxergo os fatos, que estão acontecendo, com base no que eu percebo, sem me preocupar com que as pessoas pensam, porque não é esse o meu objetivo.

Deixo claro que não nutro qualquer inveja por quem apoia as manifestações na forma como estão sendo realizadas, totalmente vazias de objetivos práticos, politicamente falando.

O direito de discordar faz parte da evolução da humanidade, em especial no que diz respeito à faculdade de se expressar livremente, como forma de respeito aos princípios democráticos.

Também é preciso ficar patente que ninguém tem o direito de criticar o pensamento de outrem, só porque discorda dele, de vez que isso evidencia que essa pessoa pretende ser a dona da razão, quando cada qual tem a própria razão, ficando bastante indelicado, deseducado mesmo, alguém tentar desmerecer o trabalho das pessoas.

Fica muito feio quando alguém se julga no direito de dizer que outra pessoa está errada, dando a entender que somente ela está certa e outros estão errados ou equivocados, sem ter argumento em contrário, que possa justificar a sua posição em contrário.

Caso alguém tenha conhecimento de informação de interesse público, é importante que ela seja disseminada, mas não fica bem que as pessoas critiquem por prazer e capricho pessoal, como tentativa de diminuir, sem a menor motivação, o pensamento escrito das pessoas.

Trata-se de pensamento retrógrado se imaginar que simples texto possa modificar a mentalidade de alguém, salvo se o conteúdo dele seja realmente bastante esclarecedor, a ponto de influenciar com ideias radicais.

É de se lamentar que os meus textos não consigam senão contribuir para lançar luzes às mentes ávidas pela verdade e por melhor conhecimento sobre os fatos da vida, porque é somente esse o meu verdadeiro objetivo.

Brasília, em 13 de abril de 2024

domingo, 21 de abril de 2024

Parabéns, Brasília!

 

Comemoram-se, nesta data, 64 anos da existência de Brasília, que cada vez mais se consolida como a capital do Brasil e de todos aqueles que sonharam vir para a nova capital e vencer na vida.

Lembro-me que, quando decidi vir para cá, logo no início do longínquo ano de 1966, eu trouxe comigo a inquebrantável vontade para enfrentar, sabidamente, tormentas e tempestades, diante das minhas limitações de todo ordem, como de fato tudo isso aconteceu, mas nunca desisti de seguir em frente, porque, naquela época, a sorte estava lançada e não havia como retornar à origem, em que pese da saudade da família, dos amigos e de tudo que eu havia deixado para trás.

Eu trouxe comigo muito pouca coisa na minha valise, sem experiência de nada, sem conhecimento de nada, sem estudos, sem profissão, mas ela continha o maior volume que era a minha disposição para enfrentar todos os desafios.

Certamente que foi melhor que tudo tivesse sido exatamente assim, porque esse conjunto de dificuldades teria sido a senha para me mostrar que a força de um homem nasce precisamente nos momentos mais tenebrosos, em que tudo converge para sinalizar sobre a necessidade do permanente encorajamento para a luta, não importando os obstáculos que são postos no caminho para serem ultrapassados e vencidos.

A verdade é que tenho plena e perfeita noção de que jamais eu teria vencido sozinho, mesmo com todo empenho na trincheira que construí para vencer as piores dificuldades de quem estava começando com o completo despreparo em tudo e de toda ordem.

Entendo perfeitamente que, com a ajuda divina, todos os anjos da guarda apareciam para mim nos exatos momentos que eu precisava deles, trazendo a solução que eu precisava para os problemas e, assim, fui seguindo em frente, passo a passo, tijolo por tijolo colocado no meu edifício de vida, construindo minha longa trajetória, à medida da recompensa dos empreendimentos e do sacrifício.

Hoje, relembrando o passado de muito altruísmo, verifico que o meu lugar de destino era exatamente em Brasília, onde eu pude mostrar toda a minha capacidade de aprendizagem e superação, como quem veio de muito longe seguindo o sonho profético de Dom Bosco, para a terra que jorra “leite e mel”, porque aqui se oferece todas as oportunidades para quem realmente tem disposição para compreender que ser feliz é lutar tenazmente por um lugar de glória construído exclusivamente com a soma do seu suor, evidentemente também contando com a grande sorte da atração para a sua companhia da enorme ajuda de muitos anjos da guarda, que viram em mim algo de merecimento, sob a compreensão de que ajudar o próximo sempre faz bem.

Sinto feliz em resumir, em palavras, a síntese de um pouco da trajetória da minha vida, que foi transformada no que ela é graças aos esforços de quem nunca desistiu de ser feliz e lutar por isso.

Hoje, diga a Brasília que a sua existência, cada vez mais consolidada e progressista, enche o meu coração de alegria, principalmente pela oportunidade de lhe agradecer por tudo que você propiciou para que eu usufrua todas as benesses oferecidas por esta cidade maravilhosa, que tem sido um dos melhores lugares para se viver.

Parabéns, Brasília, desejando que você seja sempre motivo de orgulho dos brasileiros.                 

Brasília, em 21 de abril de 2024

sábado, 20 de abril de 2024

Absolutamente certo!

 

Diante de crônica da minha lavra que critiquei a inocuidade da mobilização dos cariocas, pelo último ex-presidente do país, sob o argumento de defender a democracia e a liberdade de expressão, apresentando como agenda apenas a necessidade de fotografar a multidão e enviar para o mundo, como forma de denunciar a ruptura dos direitos humanos e outras garantias constitucionais, uma pessoa se manifestou em contrariedade ao meu texto, tendo afirmado a mensagem a seguir.  

“Adalmir. Respeito e muito tuas postagens. São de uma forma ímpar, porém esta tua postagem anterior creio que o amigo está extremamente enganado. Não interessa se é de esquerda ou direita temos sim é que respeitar as opiniões mesmo que divergentes. Particularmente acredito em tudo que foi dito no vídeo. Temos sim que mostrar para o mundo, assim como fazem os europeus principalmente franceses que jogaram literalmente caminhões de bostas na frente do parlamento e foi divulgado para o mundo.”.

Convém esclarecer que eu estou absolutamente certo, em dizer a minha verdade, quando discordo da ideia absurda e ingênua de combater maldades com mera fotografia, a ser enviada para o mundo, apenas denunciando medidas arbitrárias e abusivas, quando elas precisam ser enfrentadas pelos próprios brasileiros, que têm a incumbência, como obrigação de debelá-las com medidas efetivas.

É preciso ficar muito claro que as crises e os problemas do Brasil devem ser resolvidos e solucionados pelos brasileiros e qualquer outra tentativa de mostrá-los para o mundo somente tem o condão de escancarar a incompetência e a incapacidade para enfrentá-lo com a competência necessária e exigida em casos que tais.    

O que percebo é que as pessoas querem que eu deva aceitar, de forma pacífica, o que acontece ao meu redor, sem ter que dizer absolutamente nada em contrário do estão planejando em contrário, quando eu acho que a gravíssima crise institucional precisa ser combatida com agressividade por meio de medidas concretas e efetivas, como forma de arrasar os atos e as medidas abusivas, antidemocráticas e inconstitucionais, de modo que seja restabelecido o tão almejado Estado Democrático de Direito, no Brasil.

Eu gostaria que houvesse manifestação popular para se pedir o apoio de medidas para arrebentar, em definitivo, com a tirania, de modo que o povo seja partícipe da moralização do Brasil, para decidir com bravura e coragem em defesa do país, jamais com a perda de tempo, tirando fotografia da multidão para mandar para o exterior, em decepcionante demonstração de incompetência e falta de ideias capazes de contrapor às medidas que ofendem os princípios democráticos, em especial, os direitos humanos e as liberdades de expressão, que são fundamentais para o povo livre e evoluído.

Quem acredita que esses objetivos sejam alcançados na forma proposta pelo vídeo, apenas mandando fotografia para o exterior, enquanto a tirania se alastra, tudo bem, porque só mostra o mesmo sentimento de imbecilidade e ignorância sobre o que se poderia realmente executar contra os atos questionáveis, que estão predominando justamente pela incompetência das lideranças políticas da oposição brasileira, que, infelizmente, ainda têm o apoio de pessoas ingênuas e igualmente despreparadas.

Tudo isso faz parte dos princípios democráticos, em que é direito que as pessoas têm de apoiar as ideias propostas por seus líderes políticos, lembrando que a democracia é o princípio que permite o livre pensamento em que todos têm o direito de se manifestar e eu não fui nem sou contra opinião de ninguém, mas não me conformo com quem apoia ideias absolutamente inúteis, inócuas, que, ao contrário, ajudam à continuidade dos atos abusivos e antidemocráticos, que tanto preocupam os brasileiros.

Infelizmente, vi apenas alguém vestir a carapuça, diante do que escrevi, para dizer que eu o teria ofendido, quando não é verdade, uma vez que eu falei em tese, conforme a explicação que fiz em mensagem anterior, mostrando que o ato de se tirar fotografia, para se mandar para o mundo, apenas caracteriza infantilidade e perda de tempo.

Por fim, agradeço o amigo, por apreciar alguns textos da minha lavra.

Brasília, em 20 de abril de 2024

A discordância

 

Diante de crônica da minha lavra que critiquei a inocuidade da mobilização dos cariocas, pelo último ex-presidente do país, sob o argumento de defender a democracia e a liberdade de expressão, apresentando como agenda apenas a necessidade de fotografar a multidão e enviar para o mundo, como forma de denunciar a ruptura dos direitos humanos e outras garantias constitucionais, uma pessoa se manifestou em contrariedade ao meu texto, tendo afirmado a mensagem a seguir.  

Não tenho costume de replicar postagens, mas quando sou nomeado de besta, imbecil, fanático e medíocre, em um texto publicado em um grupo de antigos companheiros onde deveria reinar a paz e a fraternidade fico me perguntando se vale realmente continuar fazendo parte desse grupo onde as palavras às vezes são postas na forma de ofensas. Ainda estarei por aqui, até quando não sei.”.

 Em resposta, eu disse que as palavras são colocadas exatamente diante da burrice das pessoas que não querem enxergar a realidade nua e crua da sua condição de ser manipulado por causa absolutamente inócua e infrutífera, como se estivessem participando de ato altruísta que resulta em nada, diante da magnitude da crise institucional que se alastra na República tupiniquim.

Curioso é ver que essa crise vem sendo enfrentada com a maior imbecilidade e aceitabilidade, posto que isso somente alimenta a tirania, com o apoio de pessoas imaturas politicamente, que também acham que fotografia para o mundo combate a tirania predominante, que se promove cada vez que as pessoas ingênuas se reúnem para denunciar triste e cristalina realidade, mostrando completa incapacidade de reação contra as maldades disseminadas contra os brasileiros.

Infelizmente, é lamentável que as pessoas vistam a carapuça da imbecilidade, de besta e de outras infantilidades, diante do ato que não passa disso, no caso de manifestações para apenas satisfazer o ego de político incompetente e oportunista, em razão de os resultados das inúmeras mobilizações não levaram a absolutamente nada, conforme mostram os fatos.

Não ofendi individualmente ninguém especificamente, salvo aqueles que se consideram inteligentes em achar que se tirar fotografias para o mundo, em manifestações populares, tem o condão de salvar a democracia e a liberdade de expressão brasileiras.

Essa acusação de melindres porque alguém diz a verdade mostra a pequenez das pessoas em não aceitarem a opinião de alguém, em ambiente estritamente democrático, que as pessoas são livres para dizerem o que dita o seu pensamento, fato este que se corresponde no mesmo direito de alguém, em sentido contrário, apoiar livremente a imbecilidade de manifestação para absolutamente nada, em que, quem pensa em contrário, não tem nada com isso.

Eu só disse à minha verdade, o que sinto, independentemente de quem pensa em contrário, porque eu não estou nem aí com quem dar o maior apoio a algo que é, para mim, só perda de tempo, enquanto não forem apresentadas medidas concretas contra os atos questionáveis, que cada vez mais se expandem, por conta exatamente da falta de medidas à altura, em forma de contraposição às arbitrariedades e aos abusos de autoridade.

No momento que eu for impedido de dizer as minhas verdades, porque elas são diferentes das liberdades das outras pessoas, o que evidenciarem o total desprezo aos salutares princípios democráticos, que parece que é o sentimento diminuto de algumas pessoas, que se melindram com as opiniões das pessoas, eu saberei muito bem que devo me retirar do grupo, justamente porque não faz sentido continuar participando dele.

Infelizmente, as pessoas ficam defendendo os princípios democráticos, mas somente na teoria, porque, na prática, as pessoas se ofendem apenas por ilações e deduções, quando a realidade é bem diferente, como no caso em comento, em que eu disse apenas a minha opinião, sem intenção de ofender ninguém, salvo quem quis vestir a carapuça e se considerar agredido, fato que não passa de caso isolado, o que é lamentável.

Brasília, em 20 de abril de 2024

O intocável

 

Diante de crônica da minha lavra que critiquei a inocuidade da mobilização dos cariocas, pelo último ex-presidente do país, sob o argumento de defender a democracia e a liberdade de expressão, apresentando como agenda apenas a necessidade de fotografar a multidão e enviar para o mundo, como forma de denunciar a ruptura dos direitos humanos e outras garantias constitucionais, uma pessoa se manifestou em contrariedade ao meu texto, tendo afirmado a mensagem a seguir.  

Apoiado. Todos tem o direito de ter uma opinião, respeito isso. Mas ofensas ao Ex Presidente eu não aceito. Nesse Grupo NÃO. Sei que vcs não vão perder nada, mas saio do Grupo. Apesar de perseguido, ele continua lutando pelo povo. Fiz meu juramento em 1967 e ele continua valendo. Não estou dizendo que ele é o melhor do mundo, mas me apontem um melhor. Fazer no Grupo relatórios contra ele é DESRESPEITAR a maioria dos Componentes. Esse Grupo foi feito para tratar assuntos da 162. Respeitem.”.

Essa mesma pessoa afirmou que é correto, sim, se tirar fotografia e enviar para o mundo, em forma de denunciar as arbitrariedades que grassam no país tupiniquim.

Em resposta à aludida mensagem, eu disse que não tencionava polemizar com o meu texto, que contém a minha verdade e cada pessoa tem a sua e ambas precisam ser respeitadas, sem limites, porque isso se insere no direito constitucional da liberdade de pensamento e dos direitos humanos, que é simplesmente desprezado por pessoas que se acham que são donas da razão e da verdade.

Como se dizer que “Todos tem (sic) o direito de ter uma opinião, respeito isso.”, mas, ao mesmo tempo, ameaça se afastar do grupo certamente, por incoerência, em discordar das opiniões contrárias às suas?

Calma, rapaz, o comentário que fiz é pertinente a todo brasileiro que almeja o melhor para o Brasil, diante da disseminação de atos de pura incompetência, quando o momento de enorme e gravíssima crise institucional exige medidas somente de competência ao extremo, que é algo inexistente nas propostas apresentadas pelas lideranças políticas da oposição, que idealizam combater as questionáveis medidas inconstitucionais apenas tirando fotografia da multidão e mandando-a para o exterior, em forma de denúncia.

Jamais, na minha vida, eu vi se criticar no bom sentido, mostrando a inocuidade das manifestações populares, que poderiam ser realizadas, sim, mas com o propósito de se apresentar medidas concretas contra os atos e as medidas arbitrárias e abusivas, de modo que pudessem contestar o predomínio da tirania, que se alastra justamente por nada ser feito para incomodar a estrutura da ditadura da toga, conforme mostram os fatos.

Na minha concepção, diferente do que muitos pensam, nunca que fotografia mandada para o mundo tem alguma capacidade para defender a democracia e a liberdade de expressão, cujos objetivos foram mencionados exatamente dessa forma, no vídeo em causa.

É direito das pessoas concordarem com os seus líderes políticos, sob a sabença de que o povo tem os seus representantes políticos que bem merece, exatamente porque ambos têm a mesma mentalidade política.

Sem tencionar contrariar as sumidades em política, tenho entendimento em contrário, no sentido de que a denúncia ao mundo, mostrando, por meio de fotografia, que a multidão de brasileiros está extremamente revoltada contra a tirania predominante no Brasil, isso tem a especial relevância de evidenciar que se trata de situação delicadíssima vivida no país, que é da exclusiva competência dos brasileiros resolverem com os próprios esforços e com medidas apropriadas, nas circunstâncias, sem necessidade de reclamar ao mundo, que não tem interesse algum em se sacrificar pelos negócios do Brasil.

Ou seja, o artifício de se denunciar e mostrar, por meio de fotografia, ao mundo a sujeira que grassa livre e soberanamente no Brasil tem também o condão de se evidenciar, de forma cristalina, a plena incompetência dos políticos brasileiros de oposição, que tiveram a iniciativa de combaterem a situação da ditadura em curso tão somente com “importante” instrumento de se denunciar, ao mundo, a cruel realidade e, para não restar a menor dúvida sobre a insatisfação da população, foi resolvido também que seria enviada fotografia para o exterior.

Resta apenas aplaudir as mentes brilhantes dos políticos brasileiros de oposição, em defesa da democracia e da liberdade de expressão, por agirem na busca de medidas nitidamente ineficazes contra os atos criminosos do sistema dominante.

Gostaria de lembrar que o competente e dinâmico governador de São Paulo, na minha opinião, é mil vezes melhor do que o político idolatrado por muitos brasileiros, que é direito deles, assim como muitos brasileiros também acham o atual presidente do país, sem nenhuma significação política nem administrativa, como o melhor e mais honesto do mundo.

Tudo isso é absolutamente normal, visto que os pensamentos ideológicos estão sob o palio dos princípios democráticos, inerentes à liberdade de pensamento.

Por fim, digo que ninguém precisa sair grupo, nem eu, porque eu prometo nunca mais escrever as minhas mensagens na coluna deste grupo, que muitos integrantes dele, pasmem, acham extremamente essenciais a liberdade de expressão e o direito de se dizer a verdade, certamente porque isso tem amparo na Constituição brasileira, desde que não envolva a figura do “todo-poderoso”, que é considera impoluta e intocável.

Brasília, em 20 de abril de 2024