Um deputado federal licenciado
criticou o governador de São Paulo, precisamente por ele tentar encontrar solução
para o tarifaço aplicado aos produtos exportados pelo Brasil, sem envolver a
pauta da anistia ao pai dele.
Ele disse
que "É hora de os homens tirarem os adultos da sala", certamente
em alusão à fala daquele governador, que afirmou que sua gestão tem articulado,
junto a parlamentares e empresários, nos EUA, "de forma profissional,
silenciosa, para ver se conseguimos atenuar esses efeitos. Quando a
gente fala em soberania, a pior agressão à soberania é a divisão interna. A
divisão interna é o que enfraquece o país. Então, se a gente não botar a bola
no chão, não agir como adulto e não resolver o problema, quem vai perder é o
Brasil".
O
governador também se referiu indiretamente ao governo federal brasileiro, tendo
dito que, hoje, há tendência de se "tirar proveito político de tudo e
que nunca vamos fortalecer o assalariado prejudicando o empregador - uma
resposta ao ‘nós contra eles’".
O deputado
licenciado frisou que a carta do presidente norte-americano, anunciando o
tarifaço, citava suposta perseguição política contra o último ex-presidente
brasileiro.
A bem da
verdade, esses dois casos citados não se associam, exatamente porque eles são
distintos dos objetivos pretendidos, à vista de a penalidade atingir
diretamente os produtos brasileiros e a questão política ser de caráter pessoal,
envolvendo interesse pessoal.
Diante
disso, o parlamentar entende que não há como negociar a citada sobretaxa sem
tratar do aspecto político envolvendo o ex-presidente e outros réus
investigados pela suposta trama golpista.
O certo é
que o parlamentar apela, dizendo que "Desconfie de quem se mostra
preocupado com a (omiti o nome) e não fala dos presos políticos ou crise
institucional, ignorando a carta do (omiti o nome) que é expressa na
solução do problema. Estão te enganando, jogando para a plateia e
prolongando o sofrimento de quem dizem defender".
O
parlamentar também atacou o governador do Paraná, por ter dito que o presidente
norte-americano "não pegou o Brasil para discutir esse assunto por
causa de (o ex-presidente brasileiro). "(O ex-presidente) não
é mais importante que a relação entre Brasil e Estados Unidos".
Enquanto
o parlamentar ressaltou que "(o presidente americano) postou diversas
vezes citando (o ex-presidente), fez uma carta onde falou de (o
ex-presidente), fez declarações para a imprensa defendendo nominalmente o
fim da perseguição a (ex-presidente) e seus apoiadores. Desculpe-me
governador (do paraná), mas ignorar estes fatos não vai solucionar o
problema, vai apenas prolongá-lo ao custo do sofrimento de vários brasileiros.
Imagino os americanos olhando para este tipo de reação e pensando: o que
mais podemos fazer para estas pessoas entenderem que é sobre (omiti o nome),
seus familiares e apoiadores como expresso na carta, posts e entrevistas de (presidente
norte-americano?"
A
acalorada discussão sobre a validade das medidas adotadas pelo presidente
norte-americano contra o Brasil, em especial o tarifaço, tem o condão de
revelar a irracionalidade e a monstruosidade em se tentar solução para caso de
menor importância em algo especial, particular, ao se colocar a importância e o
prestígio de político bem acima dos interesses nacionais.
Não há a
menor dúvida de que tem muito a ver diretamente com o caso do ex-presidente brasileiro,
que é alvo de investigação por conta de possível envolvimento dele com casos de
suspeitas sobre golpe de Estado, a aplicação de tarifaço aos produtos brasileiros,
embora haja quem se refira também às ameaças dos Brics de substituir o dólar
por outra moeda para o câmbio comercial de exportações.
Enfim,
desgraçadamente, o deputado licenciado insiste que nada seja feito na tentativa
de alterar a aplicação da penalidade ao Brasil, com a gigantesca sobretaxa,
porque a medida se refere diretamente ao imbróglio envolvendo o pai dele e nada
deve ser alterado nem sequer negociado enquanto não houver alteração que leve à
anistia ao principal político da oposição brasileira e aos demais implicados
com as investigações em casos semelhantes.
Na
realidade, só o fato de se implorar pelo reconhecimento de que o Brasil e não o
responsável por atrocidades ter sido dura e injustificadamente penalizado por
crime que não praticou já mostra tão grande o grau da insensatez diante algo absurdamente
sem sentido, em termos de relações entre países evoluídos, que somente eles
devem tratar diretamente dos assuntos de seus interesses.
Pensando
assim, o fato em si já demonstra inominável e irracional maldade, para não caracterizar
isso de brutal traição ao Brasil, forma perversa e maldosa de tramar contra os
interesses do Brasil, imaginando que, se o parlamentar estiver certo, o
tarifaço somente aconteceu por conta da ação direta dele, em pedido de ajuda relacionada
com o interesse direto dos projetos políticos do clã da família, que não têm qualquer
vínculo com as causas nacionais.
Na
prática, se confirmado que o deputado agiu em defesa de conveniência pessoal,
contrariando os interesses nacionais, entre Brasil e Estados Unidos, não se
compreende quem, nesse estarrecedor e vergonhoso escândalo, teria agido com maior
grau de despudor, insensatez, imprudência e irresponsabilidade, se o parlamentar
brasileiro ou o governo norte-americano, por ele adotar medida extremamente
contra país amigo, sem a devida motivação suficientemente capaz de justificar a
sua vinculação com interesse do Estado, senão do atendimento de pedido pessoal com
ligação meramente à amizade pessoal, na forma defendida pelo político
tupiniquim.
Enfim, a
realidade é que os estragos poderão ser incalculáveis à economia brasileira,
com enorme reflexo negativo às atividades produtivas do país, sem que se
vislumbre qualquer alternativa para a busca do problemão, salvo a possibilidade
de se negociar os produtos pertinentes para outros países, algo que não é tão fácil
assim.
Por seu
turno, diante dessa tragédia, que envolvem insolúveis transtornos aos
interesses do Brasil, urge que se apurem as devidas responsabilidades, para a
adoção das medidas cabíveis.
Em termos
de seriedade e decência, estritamente nos sentido de civismo e patriotismo, é
dever dos brasileiros repudiarem, com veemência, a atitude do congressista
brasileiro, propugnando por aplicação de penalidades cabíveis a ele, inclusive
com a sua exclusão definitiva da vida pública, à vista da evidência da materialização
de atos extremamente prejudiciais aos interesses do Brasil e dos brasileiros.
Brasília,
em 28 de julho de 2025